quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Conheça as possíveis causas da disfunção erétil


A disfunção erétil é a incapacidade de obter e/ou manter uma ereção com rigidez peniana suficiente para uma atividade sexual satisfatória. Trata-se de uma condição prevalente, que aflige milhões de homens em todo o mundo e cuja incidência aumenta com a idade. Estima-se que homens entre 18 e 59 anos apresentem incidência de 10%, entre 50 e 59 anos ela é 3,5 vezes maior e, naqueles com mais de 70 anos, é de 61%.

“A doença piora muito a qualidade de vida dos casais, pois leva à perda da autoestima e da autoconfiança e a problemas de relacionamento interpessoais dos homens, inclusive com as parceiras”, afirma o urologista Raphael Moreira. Segundo ele, muitos pacientes se afastam das companheiras por vergonha e também por relacionar o problema com um fator normal do envelhecimento.

A disfunção está ligada a causas orgânicas e psicogênicas. Entre as orgânicas, destacam-se fatores vasculares relacionados com tabagismo, sedentarismo, hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e obesidade. “Também podemos ressaltar fatores neurológicos, como lesões do sistema nervoso central secundários a Esclerose Múltipla, Parkinson e traumatismos medulares”, comenta o médico. Moreira ressalta ainda que o uso de medicamentos como anti-hipertensivos e diuréticos, além de drogas de ação no sistema nervoso central como antidepressivos e antipsicóticos, também podem levar a quadros de disfunção erétil.

Um dado importante, segundo o especialista, é que praticamente todos os pacientes apresentam o componente psicogênico no início ou na manutenção do problema. “As causas psicogênicas geralmente acometem homens mais jovens e apresentam início agudo. Estão associadas a fatores como ansiedade, falta de libido e depressão”, explica. Nestes casos, recomenda-se a psicoterapia.

O tratamento indicado para homens com disfunção erétil envolve medicação oral, com inibidores da PDE-5, que são medicações vasodilatadoras que atuam mantendo o estado de ereção. Esta opção é indicada em casos de origem orgânica, psicogênica e mista. Os efeitos colaterais são transitórios e de leve intensidade, sendo que os mais frequentes são cefaléia, rubor facial, epigastralgia e congestão nasal. A única contraindicação é o uso crônico de nitratos em pacientes cardiopatas. Existem ainda as medicações injetáveis no pênis, que aumentam a vascularização do órgão, induzindo uma ereção.

Outra opção é a prótese inflável, técnica cirúrgica para a correção da disfunção erétil refratária aos tratamentos medicamentoso e injetável. Trata-se de uma cirurgia relativamente simples, em que são implantados três volumes:

- Cilindros penianos (a prótese propriamente dita) que ficam dentro dos corpos cavernosos do pênis e crescem em comprimento e largura.

- Um reservatório colocado em um espaço acima da bexiga que irá armazenar o líquido responsável por inflar a prótese.

- Um dispositivo que fica na bolsa escrotal, onde o paciente consegue o total controle sobre o acionamento ou não da prótese.

O tratamento com prótese peniana é definitivo. Uma vez realizado o implante, o paciente poderá ter relações sexuais enquanto estiver com ele.


Dr. Raphael Moreira – urologista - www.drraphaelmoreira.com.br

Raphael Moreira é médico urologista dos hospitais Samaritano, Presidente e Adventista. Formado em Medicina pela Universidade do Estado do Pará, fez residência médica na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e residência em urologia na Santa Casa de São Paulo. Tem título de especialista em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário