quinta-feira, 18 de setembro de 2014



Desde a inclusão no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), o Hemocentro de Roraima tem conseguido aumentar o número de pessoas no cadastro local. São voluntários que reforçam a corrente de solidariedade da campanha de doação de medula óssea, que pode ajudar no tratamento de doenças como a Leucemia, Linfomas e tumores sólidos.

O Estado de Roraima foi incluído no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), em novembro de 2011, com 101 pessoas; em 2012, foram 399 registrados; em 2013, 281 cadastros, e, de janeiro até setembro deste ano, o Hemocentro registra a inclusão de 283 pessoas, um total de 1.064 pessoas cadastradas até o momento.

Conforme a psicologa do Hemocentro, Madalena Menezes, a meta mínima a ser alcançada pelos estados, é estabelecida pelo Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). “A cada ano temos o desafio de alcançar um novo teto estabelecido pelo INCA, e esse número é determinado conforme a demanda nacional. Esse teto vem sendo ampliado e ultrapassado a cada ano, e para nós, fazer parte desse processo e alcançar a inclusão de novas pessoas significa que estamos no caminho certo e seguindo o que preconizam as diretrizes do Ministério da Saúde”, esclareceu.

Desde a implantação do cadastro, o Hemocentro realiza ações para incentivar a doação. “A cada atividade realizada pelo Hemocentro, seja nas palestras internas, para os doadores de sangue que procuram a unidade, ou em eventos em que atuamos de forma parceira, aproveitamos para falar sobre o Redome. Desta forma, buscamos sensibilizar o maior número de pessoas que possam se tornar possíveis doadores de medula óssea”, complementou Madalena.

Esta semana, o motorista Faizal Hosein, foi incluído no cadastro local. “Eu já sou doador de sangue há um ano, e nos últimos dias ouvi falar sobre a campanha de incentivo da medula óssea, me interessei, fui buscar informações a respeito, e depois de tirar todas as dúvidas tomei a decisão de vir fazer a minha primeira doação. Agora espero ser compatível, e poder ajudar alguém que esteja precisando. Na verdade eu me sinto orgulhoso em fazer parte dessa corrente de solidariedade”, enfatizou.

PARCERIA

Nessa sexta-feira (19), o Hemocentro receberá a visita de 30 militares do Esquadrão de Cavalaria Mecanizada que irão ao Hemocentro para se cadastrarem no Redome e também doarem sangue. Na segunda-feira (22), será a vez dos militares do 1º Batalhão de Infantaria de Selva, reforçarem a parceria com a unidade, mas apenas para o cadastro no Redome e coleta de medula óssea. “As parcerias são fundamentais para garantir uma boa quantidade de bolsas no banco de sangue. Por atendermos toda a demanda de instituições públicas e privadas, é necessário manter o estoque abastecido e os voluntários têm papel importante nesse trabalho. No caso da medula óssea, são novas pessoas cadastradas que poderão se tornar possíveis doadores”, finalizou Madalena.






CADASTRO

Para fazer parte do cadastro, o candidato precisa ter entre 18 e 55 anos, não possuir diagnóstico de doenças infectocontagiosas e fazer uma coleta de 5 ml de sangue. As amostras serão analisadas em Goiânia (GO). O exame de histocompatibilidade (HLA) vai encontrar as características genéticas do sangue, o que torna possível identificar receptores.

A retirada de sangue é simples, fácil e não dói. Quanto mais pessoas doadoras, mais chances de conseguir pessoas compatíveis. Como no Brasil o grau de miscigenação da população é muito grande, as chances de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro é em média 1 para 100 mil. Para aparentado, as chances podem chegar de 25 a 35%.

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